O
ENCANTAMENTO E A CUMPLICIDADE EM PROL DE UM REOLHAR A VIDA
Camila Tamires Mikoaski
Gabrieli Bock Pagliarini
Geovana Vicentini Gomes
A definição
do tema se deu através de uma curiosidade investigativa que possuímos em
relação da preparação para trabalhar dentro dos ambientes escolares e sociais
com diversos educandos que possuem alguma síndrome ou transtorno, sendo que as
mesmas vêm crescendo significativamente dentro da sociedade. Outro ponto que
achamos relevante seria buscar informações sobre novas e futuras possíveis
síndromes/ transtornos que estarão presentes, como a importância de ser ter
domínio para estimular de forma contínua o crescimento do indivíduo e ademais
procurar esclarecer o quão importante é o apoio da família ao sujeito sem gerar
preconceito algum.
OBJETIVO GERAL
Conhecer
as síndromes/ transtornos que perpassam o ambiente escolar e o meio social,
interligando-os com o desenvolvimento do ser humano em sua integridade,
cognitiva/afetiva.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
·
Identificar as
características das síndromes/transtornos por meio das ações sociais.
·
Compreender cada
síndrome/transtorno em sua particularidade.
·
Promover evento social
que conscientize os cidadãos.
·
Refletir sobre o
preconceito/bullying.
·
Estimular os
educandos/profissionais portadores de síndromes/transtornos, através de novos
métodos ativos.
·
Preparar o ambiente
familiar, para receber um membro portador.
·
Estudar as patologias
e suas intervenções de tratamento.
JUSTIFICATIVA
Partindo do
nosso problema, já sabemos que muitas das deficiências/ síndromes e transtornos
estão relacionados à genética, também podem ser resultados de outros fatores
como: doenças crônicas ou então o uso de drogas ilícitas durante a gestação.
Hoje, sabemos que as deficiências mais frequentes são: a deficiência física, a
deficiência auditiva, a deficiência visual, a paralisia cerebral, as
deficiências múltiplas, a deficiência intelectual, os transtornos globais de
desenvolvimento, síndrome de Down entre outras que estão exemplificadas abaixo.
Sabemos também
que o ambiente escolar guarda inúmeros desafios para a educação do futuro,
visto que cada vez mais os números de estudantes apresentam uma diversidade
subjetiva.
Sendo assim,
buscamos através desta pesquisa entender como será o ambiente escolar do
futuro; também queremos saber quais serão as novas síndromes/ transtornos/
deficiências que estarão permeando esse ambiente, como também desde já elencar
os desafios futuros.
Deficiência física: A deficiência física pode
ser definida como problemas que limitam a mobilidade e coordenação geral de
algum membro do corpo, pode afetar a fala em diferentes graus. Possui diversas
causas como lesões neurológicas, neuromusculares e má-formação congênita – “ou
condições adquiridas, como hidrocefalia (acúmulo de líquido na caixa craniana)
ou paralisia cerebral.
Deficiência auditiva: A deficiência auditiva
pode ser considerada como a perda da audição que em alguns casos são parciais,
já outros a perdem no todo, ela costuma ser genética quando é provocada por
má-formação, lesão na orelha ou nas estruturas que compõem o aparelho auditivo.
Deficiência visual:
Segundo pesquisas do IBGE na região Sul do Brasil 0,4% são
deficientes desde o nascimento e, uma observação importante é que não são
considerados deficientes visuais pessoas com doenças como miopia, astigmatismo
ou hipermetropia, que podem ser corrigidas com o uso de lentes ou em cirurgias.
A deficiência
visual é considerada a perda parcial (de 40 a 60%) ou total da visão. Ela é
dividida em 3 tipos que são: baixa visão, próxima à cegueira e cegueira.
Surdo-cegueira: De acordo com o site Nova Escola a pessoa
surdo-cega é “aquela que tem uma perda substancial da visão e da audição, de
tal forma que a combinação das duas deficiências cause extrema dificuldade na
conquista de metas educacionais, vocacionais, de lazer e sociais”, como consta
nos documentos da I Conferência Mundial Helen Keller sobre Serviços para os
Surdo-cegos Jovens e Adultos.
Síndrome de Asperger: Crianças com Síndrome de
Asperger sofrem de um Transtorno Global do Desenvolvimento (TGD), que é
consequência de uma desordem genética. Elas não têm problemas para desenvolver
a fala e nem sentem dificuldade com o comprometimento cognitivo, no entanto,
apresentam muitas semelhanças com relação à criança com Síndrome de Autismo.
Síndrome de Williams: Crianças que desenvolvem
a Síndrome de Williams são mais irritadas desde o primeiro ano de vida. É uma
doença que atinge meninos e meninas, considerada como uma desordem no cromossomo
7, a maioria dessas crianças possui hipersensibilidade auditiva, sentem
dificuldades para se alimentar. Também possuem problemas motores e demoram para
andar por falta de equilíbrio quando ainda são bebês, sentem dificuldade para
andar de bicicleta, cortar papel e amarrar os sapatos. Entretanto, não
se pode subestimá-las, pois são muito interessadas por música, possuem boa
memória auditiva, sempre estão sorrindo, gostam de utilizar gesto e contato
visual quando falam, como também são muito comunicativas. Elas podem sofrer de
problemas cardíacos, renais e otites.
Síndrome de Rett: A Síndrome de Rett é uma
doença neurológica que atinge mais meninas. Ela é desencadeada por uma mutação
genética. Até os 18 meses, ela aparenta normalidade, após esse período a criança
sofre perda motora e progressiva de funções neurológicas. Ela passa a regredir
no andar, falar e no controle e uso de suas mãos, sendo substituídos por
movimentos involuntários, repetitivos e falsos. Além disso, há desaceleração no
crescimento, um esquecimento nas palavras, ela apenas consegue visualizar,
levando ao isolamento do contato social. Palavras aprendidas também são
esquecidas, levando a uma crescente interrupção do contato social.
Transtorno Globais do Desenvolvimento (TGD): Segundo o site Nova Escola, os Transtornos Globais do
Desenvolvimento (TGD) são desassustes nas interações sociais recíprocas que
surgem nos primeiros cinco anos de vida da criança. “Caracterizam-se pelos
padrões de comunicação estereotipados e repetitivos, assim como pelo
estreitamento nos interesses e nas atividades.” “Os TGD englobam os diferentes
transtornos do espectro autista, as psicoses infantis, a Síndrome de Asperger,
a Síndrome de Kanner e a Síndrome de Rett.” Advertisement.
Paralisia Cerebral: A paralisia cerebral pode
causar danos na coordenação motora e lesões que podem provocar alterações no
tônus muscular, que podem prejudicar fala, audição, visão, pois é a falta de
oxigênio no cérebro da criança na gravidez, no parto, também pode surgir após 2
anos do nascimento da criança em casos de sarampo, meningite, envenenamento ou
algum tipo de traumatismo.
Autismo: O autismo é um Transtorno
Global do Desenvolvimento (TGD) que possui influência genética, também é
conhecido como Transtorno do Espectro Autista, é causado por falhas em partes
do cérebro, como o cerebelo.
De acordo com o site Nova Escola “Caracteriza-se por dificuldades
significativas na comunicação e na interação social, além de alterações de
comportamento, expressas principalmente na repetição de movimentos, como
balançar o corpo, rodar uma caneta, apegar-se a objetos ou enfileirá-los de
maneira estereotipada. Todas essas alterações costumam aparecer antes mesmo dos
3 anos de idade, em sua maioria, em crianças do sexo masculino. “
Síndrome de Down: A Síndrome de Down
manifesta-se antes dos 18 anos, sua origem é difícil de ser desvendada, já que
envolve diversos fatores como genéticos e ambientais. A pessoa que sofre de
Síndrome de Down é qualificada pelo funcionamento intelectual inferior à média,
possui déficit cognitivo, possui dificuldade de comunicação, também apresenta redução
do tônus muscular, possui problemas na coluna, na tireoide, nos olhos e no
aparelho digestivo. Sendo assim, “A Síndrome de Down é definida por uma
alteração genética caracterizada pela presença de um terceiro cromossomo de
número 21, o que também é chamado de trissomia do 21.”
Um estudo publicado no Journal of the American
Academy of Child & Adolescent Psychiatry mostra que pessoas afetadas
pelo Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade
(TDAH) na infância têm mais chances de
se envolver com álcool e drogas quando adultas. Os riscos
chegam a ser três vezes maiores se, além desses dois problemas, a criança ainda
sofrer de Transtorno de Conduta.
Os resultados revelaram que crianças afetadas pelo
TDAH na infância tiveram mais casos de envolvimento com álcool e drogas do que
os não afetados. A tendência se mostrou ainda maior em casos de Transtorno de
Déficit de Atenção e Hiperatividade persistente - que não cessou após os dez
anos de idade. Já para aqueles que também haviam sido diagnosticados com Transtorno de Conduta, os riscos
triplicaram.
Outro problema, que destacamos é a infância
dominada pelas pílulas, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que
20% das crianças e adolescentes do mundo sofrem de transtornos comportamentais
ou mentais. Por isso, há algum tempo a ciência investiga de que modo estes
males estão sendo tratados. As conclusões revelam aos especialistas um panorama
extremamente preocupante. Em todo o planeta, observa-se um número assustador de
meninos e meninas sendo medicados com remédios tarja preta, que afetam o
sistema nervoso central
A questão em torno do abuso na prescrição de
remédios psiquiátricos a crianças tornou-se uma das principais preocupações de
psiquiatras, pediatras e psicólogos. Tanto que obrigou entidades da importância
da Associação Americana de Pediatria, por exemplo, a se posicionar publicamente
alertando para o problema. A discussão principal é como evitar o hiper e o sub
diagnóstico.
Porém, muitas vezes a avaliação é feita por
profissionais não qualificados. O resultado é desastroso. “Há jovens que
deveriam tomar os remédios e não o fazem e outros sendo medicados sem
necessidade”, diz o psiquiatra Mattos.
Sendo assim, além dessas pesquisas que já estão
sendo realizadas, podemos refletir sobre esse assunto e indagar sobre o futuro,
uma vez que, esse é um tema bastante relevante dentro de nossa sociedade, por
isso elencamos alguns questionamentos:
·
O crescente número de crianças com síndromes vem
aumentando, mas quais são os fatores que estão interferindo será que é a
alimentação, os são problemas genéticos?
·
Será que todas essas síndromes e transtornos terão
cura?
·
A sociedade estará preparada para tantos
transtornos e síndromes?
·
A infraestrutura do ambiente escolar e da medicina
perante a sociedade estará preparada para tudo isso?
·
A questão da medicação prejudica a saúde?
·
Como preparar o ambiente familiar?
Transtorno Desafiador Opositor (TDO)
Este é um transtorno que tem como base
padrões de comportamentos negativista, hostis e desafiadores. Crianças que
apresentam TDO apresentam tendência a se descontrolar, discutir com adultos,
recusar-se a fazer o que lhes é dito, entre outros comportamentos de oposição.
Todas as crianças passam por fases
difíceis que muitas vezes poderiam ser descritas como “de oposição”,
especialmente quando se está cansado, com fome, estressado ou chateado. Quando
eles estão assim podem discutir, conversar, desobedecer e desafiar os pais,
professores e outros adultos. Há também momentos no desenvolvimento normal que
o comportamento de oposição é esperado, como por exemplo entre dois a três anos
de idade ou até mesmo na pré-adolescência. Entretanto, o comportamento hostil
se torna uma preocupação quando é frequente e consistente, que se destaca
quando comparado com outras crianças da mesma idade e nível de desenvolvimento
e quando ela afeta a família da criança, social e a escola.
O transtorno de oposição (TDO) é um
transtorno disruptivo, caracterizado por um padrão global de desobediência,
desafio e comportamento hostil. A criança ou adolescente discute excessivamente
com adultos, não aceitam responsabilidade por sua má conduta, incomodam
deliberadamente os demais, possuem dificuldade de aceitar regras e perdem
facilmente o controle se as coisas não seguem a forma que eles desejam
(SERRA-PINHEIRO et al., 2004, p.273).
Em crianças com transtorno desafiador
opositor (TDO), geralmente apresentam um padrão contínuo de comportamento não
cooperativo, desafiante, desobediente e hostil incluindo resistência a figura
de autoridade. O padrão de comportamento pode incluir:
·
Frequentes acessos de raiva
·
Discussões excessivas com adultos,
muitas vezes, questionando as regras
·
Desafio e recusa em cumprir com os
pedidos de adultos
·
Deliberada tentativa de irritar ou
perturbar as pessoas
·
Culpar os outros por seus erros e mau
comportamento
·
Muitas vezes, ser suscetível ou facilmente
aborrecido pelos outros
·
Frequente raiva e ressentimento
·
Agressividade contra colegas
·
Dificuldade em manter amizades
·
Problemas acadêmicos
·
Embora não haja nenhuma causa
claramente compreendida, acredita-se ser uma combinação de genética, ambiente, incluindo:
·
Disposição natural de uma criança
·
Limitações ou atraso no desenvolvimento
da capacidade de uma criança no processo de pensamento e sentimento
·
Falta de fiscalização
·
Inconsistência ou disciplina severa
·
Abuso ou negligencia
·
Desequilíbrio de certas substancias
químicas do cérebro, tais como a serotonina
Os sintomas são geralmente vistos em
várias configurações, mas são mais perceptíveis em casa ou na escola. Muitos
pais relatam que seu filho com TOD estava mais rígido e exigente que os irmãos
da criança, desde tenra idade.
Este problema é bastante comum,
ocorrendo entre 2% e 16% das crianças e adolescente. Em crianças menores é mais
comum em meninos, mas durante a adolescência ocorre com frequência em ambos os
sexos. O início é geralmente gradual e aumenta a gravidade dos problemas de
comportamento ao longo do tempo.
A melhor maneira de tratar uma criança
com TDO inclui Psicoterapia infantil que abrange técnicas de manejo e
modificação do comportamento, utilizando uma abordagem coerente da disciplina e
seguir com reforço positivo de comportamentos adequados.
É muito difícil os pais lidarem com
estas crianças e adolescentes, por isso é indicado Orientação de Pais para
melhor entendê-los além de obterem apoio e compreensão e consequentemente
receberem treinamento acerca de habilidades de manejo destas crianças.
O sucesso do tratamento requer empenho
e acompanhamento em uma base regular de ambos pais e professores.
As causas do TDO são multifatoriais
podem ser: atraso ou limitação no desenvolvimento da criança, desequilíbrio de
neurotransmissores, excesso ou falta de regras ou quando são contraditórias.
Uma das melhores formas de ensinar a
criança a seguir regras é o sistema de fichas. É discutido com a criança e os
pais, os comportamentos desejados (tarefas, objetivos) e escritos em uma
cartolina. Cada tarefa, se cumprida, valerá um tanto X de pontos, dependendo da
facilidade e do esforço. Todos esses pontos, acumulados durante os dias de
intervenção, podem ser trocados por prêmios, que são definidos previamente no
começo da intervenção.
Algumas regras importantes para lidar
com crianças com TDO:
– Fale de perto com a criança
– Regras devem ser simples e as ordens
claras
– Peça à criança para repetir as ordens
– Nunca ordene em forma de pergunta
– Não dê espaço para uma negativa
– Não converse na hora da raiva
– Elogio e recompensa são sempre mais
adequados que a punição para modificar comportamentos, mas isto deve ser
planejado com orientação de um profissional capacitado.
– As recompensas não precisam ser
materiais, exigindo gastos
– Não tenha medo de dizer não
– Tolere a frustração de seu filho
– Reforce pequenos avanços de
comportamentos adequados
– Conceda a seu filho o direito de
cometer erros
– Conceda a si mesmo o direito de errar
e nunca desista
Síndrome do
Imperador
O número de casos só aumenta. Em idades
cada vez menores: se chama “síndrome do imperador”, e define as crianças e
adolescentes que abusam de seus pais sem a menor consciência.
Crianças com comportamentos agressivos
e autoritários podem ser enquadradas na síndrome do imperador. A escritora e
psicóloga Lilian Zolet explica a síndrome na obra Síndrome do Imperador –
Entendendo a Mente das Crianças Mandonas e Autoritárias, da Editora Epígrafe.
“Os pais, com receio de ser autoritários, validam birras e recompensam com
afeto e presentes a raiva dos filhos, mas, com isso, acabam ensinando que todos
os desejos deles serão realizados. Por outro lado, as crianças, por terem mais
“direitos” do que “deveres”, desenvolvem uma baixa tolerância à frustração, na
qual o primeiro sinal é a explosão de raiva quando seus caprichos não são
atendidos”, escreve a autora.
De acordo com os especialistas, existem
diferentes fatores que podem coroar um imperador em casa:
Pouca dedicação dos pais: O problema tem sua origem muitas vezes em progenitores ausentes que,
para diminuir seu sentimento de culpa pelo tempo que não passam com a criança,
lhe concedem todos os caprichos. Com isso transmitem à criança a mensagem de
que, apesar de sua solidão afetiva, é o centro do universo e os adultos estão
ali para satisfazer todas as suas exigências.
Falta de limites: Derivada frequentemente da primeira causa, se os pais não dedicam tempo
suficiente à criança delegando a terceiros, também não terão tempo para educar
seu filho em normas de conduta, de modo que o rei da casa sentirá que tem total
impunidade. O psicólogo Javier Urra afirma que nenhuma criança nasce sendo um
tirano, mas que existem pais que não agem como adultos educadores, já que
“fazem todo o tipo de concessões para não ter problemas e no final o que causam
é um problema”. O juiz de menores Emilio Calatayud, muito conhecido por suas
sentenças educadoras a jovens conflitivos, resumiu assim essa complicada situação
em uma entrevista publicada no EL PAÍS em 2006: “Demos a eles muitos direitos,
mas não lhes confiamos deveres. Perdemos o princípio da autoridade. Queremos
ser amigos de nossos filhos!”.
Ser filho único: Não ter irmãos não leva necessariamente a se transformar em um
mini-ditador se os pais são conscientes de sua função educativa, mas pode
contribuir para que a criança se sinta um monarca solitário. É muito
interessante analisar os efeitos que a política chinesa de um só filho teve na
psicologia de toda uma geração. Em um artigo para o jornal britânico The
Independent, o jornalista Steve Connor fala de um “exército chinês de
pequenos imperadores”, fruto da superproteção do único rebento por parte de
pais e avós, que querem dar-lhe os luxos e privilégios que a eles foram
negados. Isso, somado ao aumento da renda per capita das famílias, multiplicou
os “pequenos tiranos” até limites imprevistos. Connor afirma que as crianças
chinesas atuais são “menos altruístas e confiantes, mais tímidas, menos competitivas,
mais pessimistas e menos atenciosas com os demais”.
A influência da educação
A criança imperadora não
leva desaforo para casa em nenhuma circunstância, não tem capacidade de
colocar-se no lugar do outro, porém ela não teve por meio da educação recebida
à possibilidade de desenvolver isso.
Alguns especialistas relatam que a
síndrome do imperador tem relação com a genética, mas é o ambiente e os
familiares que influenciam no surgimento.
O grande erro está na
superproteção e em fazer todas as vontades do jovem. Pois, muitos pais
para compensar o filho de sua ausência dentro de casa devido ao trabalho, o
deixam fazer o que quiser - com isso, não exercem autoridade, são
totalmente permissivos, não ensinam a criança a ser afetuosa e cordial em suas
relações.
A escola se torna o primeiro local
que acaba sendo exteriorizado o problema. Os professores não conseguem educar e
nem disciplinar a criança.
Quando os pais são chamados a comparecer
na diretoria da escola, muitas vezes eles acobertam o mau comportamento do
filho, e afirmam que jamais partiu dele tais atitudes.
Com exceção dos transtornos
psiquiátricos, a síndrome do imperador é produto de uma disfunção educativa que
pode ser corrigida. O psicólogo Vicente Garrido, autor do livro Os Filhos
Tiranos, propõe três caminhos de atuação:
Fomentar o desenvolvimento da
inteligência emocional e a consciência. Para isso, os pais devem ajudar seus
filhos a reconhecer suas emoções e as dos demais, incidindo na empatia e
convidando-os a praticar ações altruístas para que vejam seu efeito nos demais.
Ensiná-las a cultivar habilidades não
violentas. Em uma casa em que os adultos gritam e ameaçam,
dificilmente conseguiremos que as crianças se comuniquem de maneira sossegada.
Os progenitores devem dar o exemplo e praticar com elas o diálogo respeitoso e
a escuta.
Muitas vezes os pais hesitam por medo
de que a bronca nos seus filhos seja exagerada. A solução passa por fixar
limites
Colocar barreiras claras. Os pais não devem tolerar a violência e a mentira. Essas são linhas
vermelhas que a criança deve saber que não pode cruzar, por mais estratégias
que use para nos testar.
A Síndrome do Pensamento Acelerado (SPA)
A Síndrome do
Pensamento Acelerado é uma alteração, identificada por Augusto Cury, onde a
mente fica repleta de pensamentos, estando completamente cheia durante todo o
tempo em que a pessoa está acordada, o que dificulta a concentração, aumenta a
ansiedade e desgasta a saúde física e mental.
Assim, o
problema desta síndrome não está relacionado com o conteúdo dos pensamentos,
que geralmente são interessantes, cultos e positivos, mas sim com a sua
quantidade e a velocidade com que acontecem dentro do cérebro.
Normalmente,
esta síndrome surge em pessoas que precisam se manter constantemente atentas,
produtivas e sob pressão e, por isso, é comum em executivos, profissionais de
saúde, escritores, professores e jornalistas. No entanto, tem se observado que
até mesmo as crianças têm demonstrado essa síndrome.
Principais sintomas
As principais características
de uma pessoa com síndrome do pensamento acelerado incluem:
·
Ansiedade;
·
Dificuldade para se concentrar;
·
Ter pequenos lapsos de memória de forma frequente;
·
Cansaço excessivo;
·
Dificuldade para pegar no sono;
·
Irritabilidade fácil;
·
Não conseguir descansar o suficiente e acordar cansado;
·
Inquietação;
·
Intolerância ao ser contrariado;
·
Mudança de humor repentina;
·
Insatisfação constante;
·
Sintomas psicossomáticos como: dor de cabeça, nos músculos, queda
de cabelo e gastrite, por exemplo.
Essa síndrome tem
se tornado cada vez mais comum porque a quantidade de estímulos e informações
disponível nos jornais, revistas, televisão, redes sociais e nos smarthphones
são muito grandes, e bombardeiam o cérebro de informações a todo instante. O
resultado disso é que além de ter uma grande quantidade de informações na
mente, o pensamento tem se tornado cada vez mais acelerado, sendo mais difícil
gerir as emoções associadas a cada situação.
A pessoa com a
síndrome do pensamento acelerado tem dificuldade em se colocar no lugar do
outro e não aceitam sugestões, impondo suas ideias de forma constante, além de
ter dificuldade de refletir antes de agir. Ela também apresenta mais
dificuldade para lidar com as perdas e reconhecer seus erros, refletindo sobre
eles.
Como é feito
o diagnóstico
O diagnóstico
dessa síndrome é feito pelo psicólogo ou psicanalista com base nos sintomas e
relatos da história que a pessoa apresenta, mas a pessoa também pode responder
a um questionário para ajudar a identificar essa síndrome mais rápido.
Dicas para combater essa síndrome
·
Estudar ou trabalhar com música ambiente relaxante, num baixo
volume, mas o suficiente para ser ouvido e apreciado. Sons da natureza e música
clássica são bons exemplos de estilos musicais que aumentam a concentração e trazem
sensação de paz e serenidade para a mente;
·
Separar até 3 momentos do dia para entrar nas redes sociais, e não
estar sempre online, nem entrar nas redes sociais a cada 5 minutos para evitar
o excesso de informações e de estímulos na mente durante o dia;
·
Ao conversar pessoalmente com amigos expor os sentimentos e contar
sobre suas vitórias e derrotas porque isso humaniza as relações e a tornam mais
fortes e resistentes, sendo mais apreciadas que a realidade virtual, que pode
aprisionar a mente.
AUTISMO (TEA)
Transtorno do espectro autista
O Transtorno do
Espectro Autista (TEA) é caracterizada por dificuldades acentuadas na interação
social, comunicação, também há dificuldade na fala e em expressar ideias e
sentimentos, mal-estar em meio aos outros, pouco contato visual e alterações
comportamentais.
Algumas destas características são comuns
entre pessoas com um transtorno do espectro autista; outros são típicos da
doença, mas não necessariamente exibido por todas as pessoas do espectro do
autismo.
Os sinais de autismo
surgem, geralmente, por volta dos 2 a 3 anos de idade, período em que a criança
tem uma maior interação e comunicação com as pessoas e o ambiente. Entretanto,
em alguns casos, já é possível observar alguns sintomas de alerta já em bebês,
como a ausência de expressões faciais ou a ausência reação aos sons, por
exemplo.
Qualquer
criança pode desenvolver o autismo, e suas causas ainda são desconhecidas,
apesar de cada vez mais pesquisas estarem sendo desenvolvidas para se
descobrir. Alguns estudos já conseguem apontar para prováveis fatores
genéticos, que podem ser hereditários, mas também é possível que fatores do
ambiente.
Algumas
das principais possíveis causas incluem:
·
Deficiência e
anormalidade cognitiva de causa genética e hereditária, pois observou-se
que alguns autistas apresentam cérebros maiores e mais pesados e que a conexão
nervosa entre suas células era deficiente;
·
Fatores ambientais, como o ambiente familiar, complicações durante a
gravidez ou parto;
·
Alterações bioquímicas do organismo caracterizadas pelo excesso de
serotonina no sangue;
·
Anormalidade
cromossômica evidenciada pelo
desaparecimento ou duplicação do cromossomo 16.
Além
disso, existem estudos que apontam para algumas vacinas ou para a reposição em
excesso de ácido fólico durante a gravidez, entretanto ainda não há conclusões
definitivas sobre estas possibilidades, e mais pesquisas ainda precisam ser
feitas para esclarecer esta questão.
O autista no ambiente escolar e suas limitações
A
criança com autismo dirige sua atenção indistintamente para pessoas e para
objetos, e sua falha em perceber pessoas faz com que perca oportunidades de
aprendizado, refletindo em um atraso do desenvolvimento. Os pais e os
profissionais estão bem cientes das dificuldades que as crianças com autismo
têm em muitos ambientes educacionais. Em resposta têm desenvolvido programas
alternativos e estratégias de intervenção.
As
necessidades envolvidas incluem dificuldades organizacionais, distração,
problemas em sequenciar, falta de habilidade em generalizar, e padrões
irregulares de pontos fortes e pontos fracos. Embora nenhum destes se aplique à
população inteira dos alunos com autismo, estes problemas de aprendizagem são
vistos em um grau significativo em uma porcentagem grande destes alunos.
TRANSTORNO DE PERSONALIDADE
O transtorno de personalidade possui traços emocionais e comportamentais
de um indivíduo, sendo eles muito inflexíveis e mal ajustados. Esses distúrbios
comprometem seriamente a qualidade de vida dos pacientes, que sentem enorme dificuldade
em adaptar-se a determinadas situações e que, por isso, causam sofrimento e
incômodo a eles próprios e aos que estão por perto.
As pessoas com transtorno de personalidade não têm o que se
considera um padrão normal de vida, do ponto de vista estatístico. Esta
perturbação atinge todos os pontos da personalidade de uma pessoa que causam
uma ação nos que a cercam e sobre o contexto em que habita, sendo estas na
forma de demonstrar seus sentimentos, nas atitudes sociais. Quando certos
contextos com os quais as pessoas estão familiarizadas subitamente se
transformam, algumas delas não conseguem adaptar seus traços de personalidade
às novas circunstâncias. É como se elas fossem prisioneiras do seu modo de ser
e, não sendo capazes de se adaptar ao novo, ao desconhecido, seus traços de
personalidade passam a lhes perturbar, bem como aos seus parentes e amigos.
Tipos
·
Transtorno
de personalidade dependente
·
Transtorno
de personalidade esquiva (ou de isolamento)
·
Transtorno
de personalidade esquizoide
·
Transtorno
de personalidade esquizotípica
·
Transtorno
de personalidade histriônica
·
Transtorno
de personalidade paranoide
A causa
exata dos transtornos de personalidade ainda é desconhecida. Entretanto,
acredita-se que muitos fatores genéticos e ambientais estejam envolvidos.
SÍNDROME DE BURNOUT
Professores e profissionais do ambiente
escolar
A síndrome é caracterizada e como
uma reunião de sintomas que definem certas condições ou patologia. Uma
consequência do acúmulo excessivo de estresse em trabalhadores que têm uma
profissão muito competitiva ou com muita responsabilidade. Normalmente, a síndrome
de burnout é mais frequente em professores e enfermeiros que não veem as
suas capacidades de trabalho valorizadas por seu chefe ou colegas de trabalho,
ou porque precisam fazer muitas horas de trabalho seguidas sem pausas para
participar em tarefas de lazer.
Além disso, a síndrome também pode
surgir quando se planejam objetivos de trabalho muito difíceis, fazendo que, ao
fim de algum tempo, o trabalhador ache que não tem capacidades suficientes para
os atingir.
Primeiros sintomas
·
Estresse e falta de vontade para
sair da cama, todos os dias.
·
Sentir-se cansado e sem energia
quase sempre;
·
Ter dor de cabeça frequente;
·
Alterações no apetite;
·
Dificuldade para pegar no sono;
·
Ter sentimentos constantes de
fracasso e insegurança;
·
Sentir-se derrotado e sem esperança;
·
Dificuldade para cumprir com
responsabilidades do trabalho;
·
Vontade de se isolar dos outros.
Tratamento
O tratamento para a síndrome de burnout
deve ser orientado por um psicólogo, mas normalmente é recomendado que a pessoa
tire umas férias, faça atividades relaxantes, como dançar, ir ao cinema ou sair
com os amigos, e evite o excesso de trabalho, reorganizando os objetivos mais
exigentes que tinha planejado.
TRANSTORNO ALIMENTAR SELETIVO
Na
atualidade, diversas pessoas possuem algumas restrições em sua dieta, e estas
restrições vem aumentando gradativamente. Algumas pessoas não comem carne
vermelha, outras não gostam de algum vegetal ou de alguma fruta, sendo que isto
é totalmente normal, pois nenhuma pessoa gosta de comer exatamente tudo. Porém,
existe um grupo de pessoas, que esta restrição é muito forte, pois a mesma
possui uma variedade de alimentos que são excluídos da dieta, sendo que isto
causa um impacto importantíssimo em suas vidas, estes indivíduos são portadores
do Transtorno Alimentar Seletivo.
Este
transtorno não está incluído atualmente no Manual Diagnóstico e Estatístico dos
Transtornos Mentais (DSM-IV), pois não existem critérios formais, porém o
Transtorno Alimentar Seletivo é um distúrbio que se caracteriza pela rejeição a
diversos alimentos, em sua dieta somente possuem cerca de 10 tipos de comida,
sendo que geralmente são carboidratos, alimentos ricos em açúcar e os processados.
A criança que possui este transtorno manifesta a tríade, que é a recusa
alimentar, pouca apetite e desinteresse pelo alimento. Há uma grande repugna
por frutas, legumes e verduras. Este transtorno é mais comum em crianças
portadoras de autismo ou transtornos de ansiedade, porém é importante informar
que este transtorno não está restrito somente a esses grupos.
Segundos
os cientistas, há componentes biológicos e psicológicos na etiologia desse
transtorno, estudos relatam que essas pessoas poderiam ter um paladar muito
aguçado, o que provoca esta rejeição a sabores muitos fortes, porém existem
outros estudos que mostram que a rejeição se dá muito mais por outras vias
sensoriais, exemplo por não gostar do cheiro ou aparência de um determinado
alimento. Referente ao aspecto psicológico, algumas pessoas podem associar
emoções negativas à alguns alimentos, exemplo, engasgos ou problemas
gastrintestinais, que são um mal estar físico que o alimento pode causar.
Segundos estudos recentes, é impossível apontar por onde se inicia as
dificuldades da alimentação, se é nos sentimentos da mão ou no comportamento da
criança.
Os
impactos deste transtorno alimentar se dão a nível biopsicossocial, pois ao
restringir muito a dieta, o indivíduo pode sofrer deficiência de diversos
nutrientes, desencadeando outros diversos problemas de saúde. Outro impacto é
em relação a situações sociais que envolvem comida, como por exemplo, festas,
jantas de confraternização, encontro com os amigos, todos esses eventos se
tornam algo que envolve estresse para o indivíduo, pois ele se sente
envergonhado por estar fora do padrão alimentar normal, ao evitar estas
interações sociais, surge um impacto no campo emocional, levando assim a pessoa
a quadros de depressão e ansiedade.
Este
transtorno possui um tratamento, que é composto por profissionais como o médico
pediatra para crianças, e médico clínico para os casos de adultos, possui o
profissional nutricionista, o psicólogo e alguns casos o psiquiatra.
Outro
ponto importante no tratamento, é o apoio e exemplo da família. É necessário
fazer as refeições em família, e estes momentos devem ser prazerosos, para que
a criança comece a observar que as outras pessoas consomem diversos alimentos.
A criança precisa observar a diversidade de opções que possui, que cada
alimento possui suas cores e aromas, para que assim aprenda a lidar com suas
preferências. Outro ponto fundamental é orientar a família e os colegas do
indivíduo com este transtorno que o mesmo não está com “frescura”, pois
trata-se de uma dificuldade real, a pessoa precisa se sentir segura para tentar
experimentar algo novo, sem a garantia de que vai gostar. Cada caso de
transtorno seletivo alimentar tem suas peculiaridades, necessita de uma
orientação individualizada, levando em conta as características específicas do
indivíduo, da família e do meio em que está inserida.
SÍNDROME DE PRADER-WILLI (SPW)
A
Síndrome de Prader-Willi (SPW) é uma doença neurogenética causada pela perda de
função dos genes de origem paterna no segmento 15q11- q13, do cromossomo 15.
Entre os principais erros genéticos podemos citar:
1.
Deleção do gene paterno (~75-80%)
2.
Dissomia Uniparental Materna, que significa dois cromossomos
da mãe e nenhum do pai (~20-25%)
3.
Defeitos no Centro de Imprinting onde existem os dois
cromossomos, materno e paterno, mas o paterno não funciona corretamente (~1%)
E
ainda podemos citar cerca de 1% dos pacientes com SPW que apresentam
diagnóstico clínico com mecanismo genético ainda não identificado.
Descrito
pela primeira vez em 1956, o distúrbio é considerado hoje a principal causa de
obesidade com origem genética.
Características Clínicas
Já
na vida intrauterina, os indivíduos com SPW apresentam características, como
movimentos diminuídos, pode não ocorrer a absorção ou troca com o líquido
amniótico, sendo assim ocorre um acúmulo de líquido na barriga da mãe, podendo
ser algo maior do que o normal (polidramnia). Durante o parto, o bebê apresenta
hipotonia generalizada, tendo como consequência a intervenção cirúrgica.
Ao
nascer, os bebês com SPW não demonstram interesse por comida, preferem dormir a
maior parte do tempo por causa da hipotonia (fraqueza muscular), que pode ser
de leve a moderada, precisando do acompanhamento hospitalar. Com esses
sintomas, muitas vezes o diagnóstico se confunde com outras síndromes,
impossibilitando o tratamento precoce que faz toda a diferença para o
desenvolvimento da criança. Geralmente, o primeiro exame que se faz em qualquer
suspeita de alguma síndrome é o do cariótipo e ele quase sempre será normal no
caso da SPW.O exame para detectar a Síndrome de Prader-Willi é um exame
molecular específico com métodos diferentes (FISH ou METILAÇÃO) e,
provavelmente, também será preciso colher material sanguíneo dos pais.
Os primeiros sintomas e características que podem estar presentes
Na fase neonatal:
- Hipotonia (fraqueza e tônus muscular baixo)
-
Choro fraco
-
Sono excessivo
-
Dificuldade de sucção e/ou deglutição
-
Criptorquirdia (testículos embutidos no abdome, fora da bolsa escrotal)
-
Pele e cabelos mais claros que os dos pais
-
Boca pequena voltada para baixo
-
Fronte estreita
-
Olhos amendoados e/ou estrabismo
-
Refluxo
-
Hipoglicemia
O
início da fase da SPW é caracterizado pela deficiência de crescimento, nesta
fase a criança também não ganha pessoa, é importante que o indivíduo receba os
nutrientes necessários para o crescimento e o desenvolvimento do cérebro.
O
enfraquecimento do tônus muscular começa a se estabilizar por volta dos 08
meses de idade, assim a criança fica mais alerta, a apetite aumenta e assim
ganha peso. Aproximadamente entre 01 e 06 anos de idade a obesidade surge, o
que representa o início da segunda fase da doença.
Ainda
na fase inicial, o indivíduo com a Síndrome de Prader-Willi apresenta atrasos
no desenvolvimento neuromotor (demora para começar a se sentar, engatinhar e
caminhar), dificuldades na articulação de palavras, problemas de aprendizagem,
constante sensação de fome e interesse por comida, inatividade e diminuição da
sensibilidade à dor. Entre os 03 e 05 anos, algumas crianças podem desenvolver
problemas de personalidade, como depressão, violência, imaturidade,
desobediência, alterações repentinas de humos, entre outras. E outras crianças,
apresentam habilidades para montar quebra-cabeças e são muito amáveis, buscam
constantemente o carinho, toque na pele.
Nos primeiros anos de vida
-
Há uma melhora na hipotonia, geralmente após o oitavo mês de vida
-
Atraso no desenvolvimento motor
-
Dificuldade de aprendizagem e da fala
-
Instabilidade emocional e imaturidade nas trocas sociais
-
Diminuição da sensibilidade à dor
-
Alterações hormonais
-
Hipogonadismo (diminuição da função dos testículos e dos ovários)
-
Adrenarca precoce (<9 anos)
-
Puberdade tardia
-
Febre sem motivo aparente (hipertermia)
-
Hipotermia
-
Diabetes
-
Hipertensão arterial
-
Retenção de líquidos/ edema
-
Epilepsia
-
Hiperfagia (Apetite voraz que surge entre os 2 e os 8 anos de idade)
-
Distúrbios do sono (apneias)
-
Insuficiência adrenal
-
Cianose (coloração azulada da pele, com arroxeamento dos olhos, nariz, lábios e
unhas)
-
Hipóxia (diminuição da troca gasosa nos pulmões)
-
Pneumonias recorrentes
-
Difícil acesso venoso
-
Problemas gastrointestinais
-
Baixa estatura
-
Mãos e pés pequenos
-
Escoliose
-
Obesidade
-
Narcolepsia (ao despertar, ou respondendo a certos estímulos, a criança sorri e
vai desmontando, como se perdesse as forças)
-
Problemas de visão (deficiência do nervo, óptico, podendo apresentar problemas
visuais, movimentos irregulares dos olhos)
-
Pernas em X
-
Pés pronados ou chatos
-
Dedos das mãos afilados
-
Autismo
-
Picking ou comportamento de autoflagelação ou escoriação neurótica (cutucar,
coçar, arranhar, furar, escoriar a pele)
-
Ausência do reflexo do vômito
Ressaltando
que todas as características descritas podem existir ou não em uma criança com
SPW, varia de pessoa para pessoa. O grau de comprometimento motor e intelectual
somente um profissional poderá avaliar clinicamente e informar o tratamento
correto para este indivíduo.
NOMOFOBIA
A
nomofobia é uma fobia/ perturbação mental dos tempos modernos. Este transtorno
é caracterizado por uma forte angústia de não poder utilizar aparelhos
celulares ou computadores. Essa fobia surge quando um indivíduo fica
impossibilitado de se conectar a um aparelho tecnológico, lembrando que este
termo é recente e ainda está sendo estudado.
A
palavra “nomofobia” é a abreviatura de “No Mobile phone phobia”, ou seja, fobia
de ficar sem celular, esta fobia foi identificada na Inglaterra, em 2008. Cada
vez mais, existem vários casos de pessoas que possuem esse medo de sair de casa
sem os seus celulares, segundo pesquisas, 66% dos ingleses sofrem desta fobia e
têm medo de perder o telefone celular. As pessoas mais atingidas possuem entre
18 a 24 anos de idade.
Atualmente,
o que mais se chama atenção é a dependência precoce destes aparelhos celulares,
crianças com dois ou três anos de idade já possuem algum tipo de acesso a
celulares ou tablets e os adolescentes possuem acesso livre, total e
irrestrito. É importante salientar que o quanto antes ocorre uma dependência,
pior será suas consequências físicas e psicológicas em longo prazo. Segundo
estudos, foi possível comprovar que estes jovens que já possuem essa fobia têm
uma grande dificuldade em se relacionar com outras pessoas, como também
dificuldade em estabelecer vínculos de amizade ou afetivos duradouros com os
indivíduos que estão ao seu redor.
Em
nível neurobiológico, existe um SRC (sistema de recompensa cerebral) que possui
como função estimular os comportamentos que colaboram com a manutenção de vida
(como alimentação, sexo e proteção). Quando o SRC é ativado, com a libração da
dopamina, isto proporcionará as sensações de prazer e satisfação. Quando se faz
o uso de drogas, ou se têm dependências comportamentais (como a nomofobia),
este SRC terá uma hiperatividade constante, podendo causar alteração no
funcionamento cerebral. Porém, não se tem estudos ou conclusões de quais são as
consequências de longo prazo do uso em excesso dos celulares.
Salientamos,
que os indivíduos que apresentam o uso abusivo de celulares possuem a tendência
de desenvolver com mais facilidade transtornos psiquiátricos como a ansiedade,
depressão e sintomas de impulsividade. Aparecem problemas físicos como a
fadiga, patologia ocular, dores musculares, tendinites, cefaleia, distúrbios de
sono e sedentarismo. É evidente o envolvimento em acidentes automobilístico e
de sofrerem quedas ao andar.
Sintomas da Nomofobia
1-
Fissura: quando o indivíduo está para baixo, ele
usa o celular para se sentir melhor;
2-
Abstinência: quando não se está com o aparelho
celular, fica preocupado e ansioso pensando em perder chamadas ou mensagens;
acha difícil desligar o aparelho em situações obrigatórias como no avião;
3-
Consequências negativas para a vida: atrasa em
compromissos, gasta valores elevados em compras pelo celular, ocupa-se
demasiadamente com o celular quando deveria estar fazendo outras coisas, a
produtividade no estudo e trabalho reduz, recebem mais multas de trânsito;
4-
Perda de controle: amigos e familiares reclamam
do uso, podendo atrapalhar nos relacionamentos, está conectado ao celular por
períodos muito maiores do que gostaria;
5-
Tolerância: aumento progressivo no tempo que fica
usando o celular, incapacidade de gastar menos tempo usando o aparelho;
Dicas:
1-
Não perca seu sono: Não leve seu celular para a
cama, desligue-o e deixe ele fora do quarto.
2-
Quando acordar, use a regra dos primeiros 45
minutos sem utilizar o celular, se você for mulher, amplie para 60 minutos.
3-
Carro ligado, celular desligado, assim você irá
economizar em multas e diminuir as chances de se envolver em acidentes;
4-
Desligue o celular no seu período mais produtivo
por algumas horas, deixando ele fora do seu alcance como em gavetas ou bolsas,
só retorno a utilizar ele ao fim do seu trabalho;
5-
Fique atento à criança com celular, como por
exemplo o conteúdo que a criança está acessando e imponha limites, é importante
estabelecer os momentos e o tempo que a criança poderá se dedicar a esta
atividade tecnológica;
6-
Saia da Matrix: “O celular aproxima quem está
longe, mas afasta quem está perto! ”, em momentos com a família, amigos,
trabalho priorize a confraternização e diálogos, pois tudo isso é mais
importante que o seu celular. Viva no mundo real e dê atenção ao que há a sua
volta e a quem te ama e se importa contigo.
SÍNDROME DE TOURETTE
A
Síndrome de Tourette (ST) é um distúrbio neurológico. Tipicamente, os sintomas
da ST aparecem na infância, e a época mais comum para o surgimento dos
movimentos é nas séries iniciais. Desta forma, os professores podem ser os
primeiros a observar os sintomas da ST. Há quatro aspectos básicos que
caracterizam o distúrbio. Enquanto que estes quatro aspectos básicos são
necessários para o diagnóstico, há comportamentos associados que frequentemente
são observados em pacientes com a ST.
A
criança com a ST exibe múltiplos tiques motores involuntários. Estes tiques
podem ser movimentos súbitos da cabeça, ombros ou até mesmo de todo o corpo;
piscar ou virar de olhos; caretas; ou comportamentos repetitivos de tocar
coisas ou bater com os dedos. Em algumas crianças estes movimentos assumem um
padrão muito complexo e podem até mesmo incluir comportamentos direcionados do
tipo cheirar objetos ou ligar e desligar as luzes repetidamente.
O
segundo aspecto da ST engloba os chamados tiques fônicos – emissão involuntária
de ruídos, palavras ou expressões. Entre estes podemos incluir: fungar,
pigarrear ou tossir repetidamente; uma variedade de sons ou gritos; risos
involuntários; ecolalia (repetição do que outra pessoa ou a própria criança
acabou de dizer); a coprolalia (dizer palavras socialmente inapropriadas). Este
último tipo de tique fônico na verdade não é muito comum, porém parece ser um
dos mais conhecidos.
Outro
aspecto característico da ST é o vai-e-vem dos sintomas. Há fases em que os
tiques são muito intensos e outras em que a criança aparenta estar livre dos
sintomas.
Finalmente,
os sintomas da ST mudam com o passar do tempo. Em uma determinada idade a
criança pode exibir piscar de olhos e fungamentos. No ano seguinte ela pode
elevar um dos ombros e fazer “cheques” com a língua.
Outra
característica especialmente marcante da ST é que os tiques, embora
involuntários, podem ser suprimidos durante alguns segundos ou por períodos
mais prolongados por determinadas crianças. Desta forma, uma criança com tiques
fônicos pode permanecer totalmente quieta durante a missa e, no caminho de
volta para casa, os tiques eclodirem com maior intensidade e frequência do que
de costume. Estes aspectos da ST podem erroneamente levar as pessoas a
acreditarem que os comportamentos são propositais, ou que a criança realmente
não possui tique nenhum.
Quando
os tiques são discretos, a criança pode ser diagnosticada e não necessitar de
tratamento médico. A aceitação do fato de que os sintomas e comportamentos
estão fora do controle da criança e não são propositais, e algumas vezes
suficientes para permitir que a criança funcione confortavelmente na escola e
em casa. Também pode ser útil informar aos pais e aos colegas de turma sobre a
ST, a fim de que eles possam entender o motivo dos tiques. Em alguns casos,
entretanto, os tiques podem incomodar tanto a criança a ponto de tornar-se
aconselhável o tratamento médico. Infelizmente não existe uma “pílula mágica”
capaz, ao mesmo tempo, de abolir os sintomas e não apresentar efeitos colaterais
prejudiciais à criança.
CULMINÂNCIA
Para finalizarmos
nosso projeto “ O encantamento e a cumplicidade em prol de um reolhar a vida”,
faremos um evento social à comunidade local, cujo objetivo é levar os
indivíduos a conhecerem e se conscientizarem sobre o tema abordado. Neste
evento, será realizada algumas palestras, cujo temas serão:
·
Palestra com Médico,
terá como objetivo o esclarecimento sobre as síndromes/transtornos e também
abordará as origens das patologias;
·
A palestra com
psicóloga, terá por princípios abordar uma conversa sobre a aceitação no
ambiente familiar.
·
A palestra com a
Psicopedagoga, abordará a importância da estimulação para os processos
cognitivos.
Para finalizarmos
nosso evento, faremos uma integração com a APAE, onde os alunos farão uma
exposição de seus trabalhos para a comunidade.
REFERENCIAS
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em: < https://istoe.com.br/423407_INFANCIA+DOMADA+A+PILULAS/>.
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WILLI, Associação Brasileira Síndrome de
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CRIPPA, José Alexandre. Nomofobia: a dependência do telefone
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MIRANDA, Juliana. O que é nomofobia? Disponível em: < https://www.sitedecuriosidades.com/curiosidade/o-que-e-nomofobia.html>.
Acesso em: 23 set, 2018.
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